Quanto a conversa passa a ser só detalhes, jogados alí
De forma que só a gente entenda, que começa a ficar bom.
Essa comunicação que preza o mínimo pelo máximo de entendimento.
Subjetiva a ponto de qualquer pensamento se tornar óbvio, porém incerto.
É assim que gosto.
Misterioso,
Com charme...
É uma meta pra se acordar mais feliz.
Significa um motivo de ânsia por saber qual será a próxima resposta.
E ser normal, e não doente, é ser assim.
Esperar pelo o que não se sabe se vai acontecer.
Olhar pra trás e ver que o vale da onda está cada vez mais longe,
Que está saindo deste buraco: depressão.
Saindo junto com uma fila, seguindo mesmo sem saber pra onde vai.
E sigo pois quero, até então é só isso que me faz sair daqui.
Pegadas...
Quando chegar o dia de ver a crista da onda
Não será preciso seguir, saberemos qual é nosso lugar.
Saberemos sem ver, olhar, ouvir.
Só saber.
Aí sim deixamos de esperar pra ver acontecer.
Acontecendo, é possível ver um abismo ou uma nova montanha a subir.
Pedro Miranda
21 de Agosto de 2008 23:42
21 de ago. de 2008
Conversa das entrelinhas
Postado por Pedro Henrique Miranda às 17:46:00
Assinar:
Postar comentários (Atom)
28 comentários:
E nos dias de hoje, corridos, alienados, apressados, é tão difícil haver essa conversa de entrelinhas! Como fazem falta...
O grande problema é que muitas pessoas podem tentar se comunicar pelas entrelinhas e ninguém vê nada...
E outras vezes pode ser que vc viu algo em uma frase que alguém botou no orkut e ficou sismado que aquilo quer dizer algo estritamente à você.
Relativo.
Relativo.
A palavra "pegadas" me alcança de forma diferente das outras.
Independente de que sentido ela tenha no contexto..
Apoio a bianca.
Assim que li "pegadas", me veio um tipo de seguir o mesmo caminho.
E eu não sei o que ela quis dizer no contexto, mas me soou um como um cara que não tem seu próprio caminho.
Uma pessoa que tem de seguir pegadas, rumos.
Hmmm...
Gostei dessa conversa...
Pra Bianca, em especial, a palavra "pegadas" tem um significado implícito. Mas no texto está em seu sentido literal, sem metáforas... É aquilo que eu disse: "vc viu algo em uma frase ... e ficou sismado que aquilo quer dizer algo estritamente à você."
Mas Nadim, vc não concorda que pra alguém sair do buraco seria muito mais fácil com uma corda? Com alguém lhe auxiliando? Seguindo o caminho que alguém o fez?
Seguir alguém não é sinal de não ter o próprio caminho.
Sim, concordo com você.
Mas você se lembra, de já ter saído desse buraco alguma vez?
E será que essas pegadas não são suas?
E se essas pegadas são suas, sinônimo de que você esteve alí um dia, isso não estaria dizendo que de um jeito ou de outro, é um ciclo.
E sendo um ciclo, que você sabe onde começa, e onde termina, por que não acaba com ele?
Por que segue sempre as mesmas pegadas?
Pense num ser irracional. Um rato de laboratório... Ele já fez o caminho pra pegar o queijo várias vezes. Mesmo assim ele erra.
...
Há duas possibilidades. Ou ele vê as "pegadas" (memória fotográfica), ou então nem chega a ver pegada alguma e está ali pela 'primeira vez'.
...
Esqueci o que eu queria dizer com isso...
Esqueceste por que há duas possibilidades:
Uma de você ser o ratinho que tem uma péssima memória fotográfica (um peixe, se assim pode dizer)
Ou, você NÃO QUER ver suas pegadas.
Se acomodou a nunca se lembrar das coisas que já passaram por ti.
Não... O espaço amostral é maior... no caso minha mãe estava conversando comigo e eu perdi o fio de meada..
Bom, aí entra uma terceira opção:
Você continua sendo o Pedro Henrique de Oliveira Miranda, de sempre.
xD
Foda-se o rato... não consigo lembrar o que eu queria ilustrar (mas me lembro que era boa coisa =P)
...
O que acontece é que não acredito que ISSO seja um ciclo. Pq um ciclo é TUDO igual.
...
Mas cada buraco é cada buraco...
Uns são mais fundos... outros são de menor diâmetro... outros são escorregadios pra subir...
Enfim...
n possibilidades.
Mas se você está seguindo pegadas, que supostamente são suas.
Você conhece TODOS esses buracos...
Correto?
Se há uma corda, é por que alguém caiu, e foi salvo. QUE FIQUE CLARO, FOI SALVO.
Espero que você não tenha achado nenhum cadáver por aí.
Escorregadios, grandes ou pequenos, você já os conhece.
Sim, a palavra pegadas tem um sentido diferente pra mim. Eu percebi que estava no sentido literal, por isso que disse que alcança de forma diferente independente do que queira dizer.
Não pensei que fosse pra mim!
Mas eu penso em muitas outras ocasiões! :P
Não só com relação a você, claro! ^^
Uhm... e eu acho... que nem sempre a gente conhece o buraco que está dentro. As vezes, a gente cai num que tinha mais ou menos a mesma aparência daquele outro, parece ter uma profundidade parecida. Você tá lá crente que caiu de novo no mesmo buraco. Aí quando vai tentar usar o mesmo método que já usou, não dá certo. Aí é que vc pensa: pô... que merda: buraco novo!
É exato!
"Buraco novo!"
Não existe uma série de procedimentos já arranjados pra que vc saia de lá.
Não há uma fórmula.
"...cada buraco é cada buraco..."
.
Concordo que devam sim existir buracos "semelhantíssimos", mas todos vocês hão de convir comigo, que se existem parecidos, podem muito bem existir iguais.
E eu não duvido que todos nós já caímos em buracos iguais, e por pura comodidade não os evitamos.
Ou até mesmo não nos preocupamos em estudá-los, para não mais cair.
Agora, o que todo buraco em em comum?
É um buraco. Todo buraco tem profundidade, mesmo que pequena. Tem paredes, geralmente são escuros.
E quais as coisas mais simples de se usar para sair deles?
Uma corda, uma luminária...e por que não levamos essa corda e essa luminária conosco, no dia-a-dia?
Preguiça?
Se fosse simples assim...
A questão é que a corda que a gente tem e que levamos conosco (não pesa, não ocupa espaço, então levamos sempre, sem preguiça) serve muitas vezes pra nos tirar de muitos buracos. Acontece que qnd a gente cai em buracos muito fundos, nossa corda não é o suficiente comprida para conseguirmos sair de lá fácil assim. Então a gente passa um bocado de tempo tecendo o pedaço de corda que falta. Uns levam mais tempo que outros pra realizar essa tarefa, mas funciona assim.
E tem vezes, ainda, que só comprimento de corda não é o suficiente. Tem que ter alguém pra puxar lá de cima.
Então, existem dois fatores. Enquanto você não conseguir tecer a sua corda, a pessoa lá em cima não vai conseguir te puxar de volta. Ou quando se tem a corda grande o suficiente, mas não tem a pessoa, fica mais difícil. Não impossível, perceba. Mas, mais difícil.
Quanto à luminária...
Bom, ela está alí. Tem bateria e tudo mais. Quando você estiver cansado da escuridão do buraco, é só acendê-la para aí sim conseguir tecer a corda que falta pra chegar lá em cima!
E nem sempre uma pessoa te esperando é fundamental. Só torna as coisas mais fáceis, mais prazerosas! :)
Tenho que admitir que dessa vez você me pego...
tenho que concordar que esses dois fatores são impressindíveis...
E mais, acredito que tecer a corda é uma tarefa que cabe somente à aquele que está no buraco. Não pensemos que os que estão de fora, jogarão cordas pra nós.
Acho que cada corda tem um dono...e não existem cordas que possam ser usadas por mais de uma pessoa.
Em relação à luminária, tecer no escuro é impraticável. Pode até ser tecida, mas nada garente que ela te sustentará até o topo.
A clareza é importantíssima.
Essa galera da metáfora...
Tudo doidona.
=P
...
Bem ilustrativo! é tipo isso que quis explicar... Não é simples assim.
É tão simpes o quanto você deseja.
SImples assim.
Sinto, Nadim, mas não é.
E assim falarei sempre.
Já algo provado pra mim.
Simplesmente assim...
Rsrsrsrs...
Viu!
Até a complexidade pode ser simples, pra ti.
Simples assim.
Ouié beibi!
O momento mais incrível do meu dia foi perceber que os comentários podem, às vezes, ser mais interessantes que o post em si.
=D
Não que nesse caso o texto não tenha me conduzido a bons e decorrentes devaneios.
Nuuussa!! Leu todos os comentários??
Que incrível!
E é claro que os comentários são melhores que o texto! =P
8-)
Héin Nadim? Nossos planos podem dar certo! \o/
Kaneel...
Hmmm.
Kaneel?
Oo
Postar um comentário