25 de abr. de 2008

Negro e estrelado

Hoje demorou a anoitecer.
Ainda de tarde eu já via estrelas,
A escuridão fez questão de demorar.
Por fim ele chegou, negro e estrelado,
Às vezes poucos, de nós, dão a verdadeira importância.

Como será que elas, as estrelas, nos vê?
Elas são pontos que iluminam a terra onde sento,
Pontos e mais pontos que olham pra gente.
Todas as noites, desta vez, de tarde também.
Às vezes elas podem se adiantar.

Isolamento para o céu,
E que, aliás, é pra ele que olho neste momento.
Lembro-me de muitas horas, minutos, enfim noites.
Infinito em memórias,
Às vezes finito em espaço.

Não se encontra a pureza do céu.
Lá de cima pode-se ver
Uma correria diária, barulhenta e retrógrada.
É simplesmente outro lugar...
Às vezes paramos e apenas olhamos para cima.

Nesse momento ele nos abriga,
Obriga-nos à concentração,
De pensar na emoção de
Olhar para o que nos olhou desde que nascemos e
Às vezes dar uma mínima importância a ele.

Pedro Miranda
31 de julho de 2006, 19:01:06

26 não é nada em vista o que realmente é.

Um comentário:

Flávia Umpierre disse...

Lindo!
sinceramente... já li esse textos umas três vezes e cada vez que leio percebo mensagens diferentes.

Até me deu a sensação de estar nesse mesmo lugar do qual fala. Olhando pro mesmo céu...sentindo as mesmas coisas...

Ah!que gracinha, foi escrito no dia do meu aniversário!
aieuiaueiaueiaueiaieuia

bjo